sábado, 19 de dezembro de 2009

Nota provisória a reter:


O pacto juadaico com Deus: Eu ( D’us) castro uma parte do meu poder e transformo minha onipotência Absoluta em uma instância relativa ( relativa a interesses de terceiros, a regras e mandamentos de uma comunidade de “condôminos” ou de partners), a Lei, mediação legalmente compartilhada ( compartida pelos homens).
Em compensação, vocês também se castram: me dão uma parte do teu pau ( da Vossa Natureza), e nesta violência mútua - nesta inscrição mútua na matéria de uma ausência , de um invisível, do abstrato da Lei e da circuncisão, se instaura um fundamento por corporação -há entreprise mais duradoura?- : a cultura.
Paulo, o psicótico, por sua vez , desconhece a mediação do concurso/discurso da Lei, e só ouve a Voz ( que supõe ser de D'us, mas nunca se sabe, pois a labirintite habita todos os aparelhos auriculares, inclusive os santos), que ressoa em seu coração; a ela obedece, pura, afetiva e idólatramente, mas não a interpreta. Diferença, portanto, entre a Lei ( instância hermenêutica, a ser discutida e rediscutida) e o affectum, que isola o homem na plenitude autista de seu coração.

Satã!

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