quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Do erotismo


" O propósito deste ensaio, Meditações eróticas, é apresentar a démarche lévinaisiana segundo um ângulo que pode arecer surpreendente mas que de fato é um dos centros de sua problemática. O erotismo como estrutura "visível-invisível" est é uma revlução e uma subversão da corrente fenomenológica tal como se encontra em Hesserl e Heidegger em particular, dignos continuadores da filosofia tal como esta se apresenta desdobrada desde Platão como exibição radical do ser em sua plena luz ( nota minha: desvelamento, manifestação a ).
De maneira geral, é aceito como evidente a idéia que o conhecimento forçosamente desvela, exibe, traz à luz, ao dito e ao escrito, as coisas ocultas.

A obra de Lévinas nos recorda que nosso conhecimento nasce do dia e da noite, da transparência e da opacidade, da manifestação e do secreto. Há neste filósofo uma espécie de elogio da sombra
( diria antes: do chiaroscuro), para retomarmos o belo título de um livro de Léon Chestov editado em Atenas e Jerusalém, e que resume bem:

"Os fins da filosofia. Os filósofos aspiram a 'explicar' o mundo, de forma a que tudo se torne claroe transparente e que a vida não contenha mais nenhum ( ou o menos possível)de misterioso". Não seria necessário antes se empenhar em mostrar que isto mesmo que parece aos homens claro e compreensível é estranhamente enigmáticoe misterioso?Não seria necessário esforçar-mko-nos para nos libertarmos e libertar os outros do poder dos conceitos, cuja clareza dstrói o mistério? As fontes do ser estão em efeito no que se vela, e não no que está à descoberto"

(
...) Meditações eróticas é ecrito em um primeiro tempo à margem da problemática ética para sublinhar uma estrutura ontológica que funda a própria ética. Pareceu-nos fecundo apresentarab aobra de Lévinas a partir da problemática do erotismo, que funciona já como um meio dinâmico no conjunto desta filosofia cuja complexidade e riqueza restam ainda a descobrir.

A dualidade erótica do "visível-invisível" não seria talvez estrangeira à dupla referência filosófica na qual se move Lévinas. Certo, o grego que, como o diz Michel Serres, "nos impulsiona em direção á clareza, dela farlando inesgotavelmente até a destruição das coisas", mas também a judia, que conduz à sombra do secredo em retração nas letras carrées do texto bíblico e talmúdico.
O pudor do erótico é também uma maneira de se retirar do Saber; um estado de 'je ne sais quais" metodológico e quase ontológico, pois corolário de uma compreensão do ser em termos de movimento e perfecibilidade. (...) Assim, Lévinas introduz o termo de "caresse", espécie de anti-conceito que abre ao questionbamento, modalidade erótica da linguagem, retração do saber, abertura ao próprio futuro"

Marc-Alain Ouaknin, Méditations érotiques



"Lorsqu'a Abraham eut atteint quatre-vint-diz-neuf ans, Dieu apparut et lui dit: 'Je suis le ChaddaÏ, marche devant moi et sois parfait".

Dieu se présente comme El Chaddaï.
Dieu n'as pas un Nom, il a des Noms. Et même ces Noms ont des Noms. Le Nom de Dieu n'est pas son Nom, mais la manière dont il propose à l'homme de le concevoiur dans telle ou telle situation. Le Nom est ici du côté du nommant et non du nommé. Le Nom de Dieu est un Nom-pour-l'homme.
Le Talmud donne plusiers explications du nom Chaddaï. Celle-ci nous semble essentielle: Chad signifie le sein d'une femme; ChaddaÏ "mes seins". Parole d'une femme qui parle de son propre corps. Mais ses seins ne son pas exposés dans une vision nue, directe; ils sont recouverts par un voile, non pour les cacher mais pour les faire entrer dans le registre dans la trasnecandence du visible-invisible.

Le seins de femme derrière un voile est cette vision même que le Cohen Gadol ( le grande prêtre) se 'permet d'avoir' de jour de Youm Kipour, dans le lieu le plus sacré, dans le temps le plus sacré.
étrange!]Le Dieu-Chaddaï annonce que ce dont il va être question sera do registre du "visible-invisible",de la transcendence et de l'érotisme"

Marc-Alain Ouakin


"La caresse est un mode d'être du sujet, où le sujet dans le contact d'un autre va au-delà de ce contact. Le contact en tant que sensation fait partie du monde de la lumière.
Mais ce que est carressé n'est pas touché à proprement parler.
Ce n'est pas le velouté ou la tièdeur de cette maisn donnée dans le contact que cherche da caresse.
Cette recherche de la carresse en constitue l'essence par le fait que la carresse ne sait pas ce qu'elle cherche. Ce 'ne pas savoir', ce désordonné fondamental en est l'essential.
Elle est comme un jeu avec quelque chose qui se dérobe, et un jeu absolument sans projet ni plan, non pas avec ce que peut devenir nôtre et nous, mais avec quelque chose d'autre, toujours inacesible, toujours á venir.
La carresse est l'attente de cet avenir pur, sans contenu.

Elle est faite de cet accroissement deafim, de promesseds toujours plus riches, ouvrant des perspectives nouvelles sur l'insaisissable"...

Le Temps etl'Autre Émmanuel Levinas



"Le préface de ce petit livre où l'érotisme représenté, sans détour, ouvrant sur la conscience d'une déchirure, est pour moi l'occasion d'un appel que je veux pathétique. Non qu'il soit à mes yeux surprenant que l'ésprit se détourne de lui-même et, pour ainsi dire se tournant de dos, devienne dans son obstination la caricature de la vérité. Si l'homme a besoin du mensonge, après tout, libre à lui! L'homme, qui, peut-être, a sa fierté, est noyé par la masse humaine... Mais enfin: je n'oublierai jamais ce qui se lie de violent et de merveilleux à la volonté d'ouvrir les yeux, de voir en face ce qui arrive, ce qui est. E je ne savais rien du plaisir extrême, si je ne savais rien de l'êxtreme douleur"


Madame Edwarda, Georges Bataille.


Notas:










Esta declinação do Sujeito que o erotismo pressupõe me parece um modelo de Alteridade muito mais originário que o gesto ético.


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